EIDGLAS; 04 de julho de 2011
Jardim Equatorial
Aqui, no jardim, estamos mais à vontade porque estamos na tensão do estar dentro e do fora, um interesse de estar. Estamos embaixo da linha horizontal na divisória cartográfica do globo terrestre. A Terra. Planeta água. Tudo o que planta dá porque é permeado na dúvida e no contraste. Uma arma. Um copo de água. Umas perucas loiras. Um cavalinho rosa. Um balão inflável. Uma máscara de urso-panda branca e preta. Uma laranja. Um vaso de planta. Uma planta falsa. Um abacaxi preto falso. Outras coisas pretas falsas. Algumas blusas prestas. PRESTAS. Desculpe eu quis dizer pretas mas acho que digietei errado ia dizer que as ropas pretas foram codificadas em vários âmbitos do underground ao clássico, ao basiquinho dos empregados e do gótico. Isso sem falar da morte. Uma coisa séria. Uma convenção ocidental. Limpa, cult, e vazia em si mesma. A passarela, do desfile. Um corpo que mostra, um corpo display. A camuflagem. Tudo em um contínuo (queremos) relacional inclassificável. Para abrigar tudo e negar as singularidades prontas.
Quando eu estou camuflado eu desapareço naquilo que eu mesmo sou, aconteceu dessa forma quando tive o vasto chão sob os meus pés e olhando através dos meus olhos pereceptivamente conectados. Em seguida escolhemos o objeto a compor o tapete vermelho, de alguma forma eu acho um sentido dos objetos e acredito nisso, após algum tempo eu posso duvidar do que faço e sem encontrar relação peço para que o objeto aconteça por si sobre mim, sobre o meu corpo, sobre o corpo display, sobre o que não me cabe cabendo em mim, um relacional inclassificável que deflagra e mostra cruamente no ‘pit’. Flashhhh para a foto do momento recorte do recorte.
O corpo display mente e se desmente no tempo. O tempo é do desapego no âmbito dos relacionamentos de convenção. Ora, porque convenção é um acordo em um tempo nos seus mais diversos aspectos temporários. Temporais. A desconexa ordem se obedecem entre si e zomba de si quando está vivendo, porque sabe que em seguida será desbancada pela vida que corre liquidamente. A vivência não permite espera\preparação. Portanto o que vem em seguida não precisa ser melhor nem pior, mas precisa ter o gosto de estar, e sempre se movendo... A vida é líquida.
Um brinde de agua. Flash!
*Mas temos ainda a composição da imagem blocada, a camêra que registra e vive, a composição pode estar em conflito consigo mesma. Desde que alguém se disperse do composê. E aos poucos tudo pode se descompor seguindo uma ordem inventada e falsária.
Quando eu estou camuflado eu desapareço naquilo que eu mesmo sou, aconteceu dessa forma quando tive o vasto chão sob os meus pés e olhando através dos meus olhos pereceptivamente conectados. Em seguida escolhemos o objeto a compor o tapete vermelho, de alguma forma eu acho um sentido dos objetos e acredito nisso, após algum tempo eu posso duvidar do que faço e sem encontrar relação peço para que o objeto aconteça por si sobre mim, sobre o meu corpo, sobre o corpo display, sobre o que não me cabe cabendo em mim, um relacional inclassificável que deflagra e mostra cruamente no ‘pit’. Flashhhh para a foto do momento recorte do recorte.
O corpo display mente e se desmente no tempo. O tempo é do desapego no âmbito dos relacionamentos de convenção. Ora, porque convenção é um acordo em um tempo nos seus mais diversos aspectos temporários. Temporais. A desconexa ordem se obedecem entre si e zomba de si quando está vivendo, porque sabe que em seguida será desbancada pela vida que corre liquidamente. A vivência não permite espera\preparação. Portanto o que vem em seguida não precisa ser melhor nem pior, mas precisa ter o gosto de estar, e sempre se movendo... A vida é líquida.
Um brinde de agua. Flash!
*Mas temos ainda a composição da imagem blocada, a camêra que registra e vive, a composição pode estar em conflito consigo mesma. Desde que alguém se disperse do composê. E aos poucos tudo pode se descompor seguindo uma ordem inventada e falsária.
AUTOR:: Paula Borghi
ARQUEOLOGIA:: cada coisa em seu tempo
AUTOR:: Caio César
ARQUEOLOGIA:: CORPOBJETOFERENDA
Sol de Outono.
Feira Livre, pode ser no J.B ou em Pinheiros.
Há muitas frutas, legumes, tapiocas e pastéis.
Badulaques, Bugingangas e Caldo de Cana.
Penduricalhos, trocadalhos e balangandãns.
Os performers chegam de todos os lados e se misturam com passantes e comerciantes.
São flores-carnívoras-civis.
Sente-se em suas peles a vibração das Bachianas Brasileiras nº2.
Em nossa volta barracas, malocas e camelôs.
Concertos, eletro domésticos e ominitrix.
Vozes, vozes, vozes.
Cheiros de especiarias e peixes.
Cheiros de pimenta do reino e flores.
Cheiro de ovo podre.
A Paula Borghi desfila um poema concreto. Um desfile aleatório de palavras-embalagens.
Uma delicia!
O Alex Cassimiro apresenta sua coleção de caixas e amontoa papelões e latas.
A Thelma com medo de ficar sozinha pega seu I Phone e grita.
Mas logo alguém le da a dica – É só pra filmar, pô Thel vê se num grita.
Ela põe um coentro na cabeça e vai desfilar.
O Andrez só pensa em aquendar.
Desfila lingerie de velha, revista de gente pelada e outras cositas mais.
Ediléia a top model do Jardim não consegue desfilar, pois os carroceiros só pensam em te beijar.
Mavi Veloso de araçá azul na mão da uma de Caetano Veloso e canta:
Eu sou rica ca ca
E milhonaria ra ra ra
Eu sou rica ca ca
E milhonaria ra ra ra raaaaaaaaaaaaa
O Caio e a Dani Spadotto perdidinhos procuram fazer relação.
Desfilando.
Desfilando.
Andando.
Oferendando.
AUTOR:: Paula Borghi
ARQUEOLOGIA:: COMO se forma um Jardim Equatorial
Imagino que um jardim precise de um tempo para florescer. Cada flor floresce em uma época, uma estação. Agora estamos no outono, imagino que a minha flor vai demorar um pouco mais para florir, pois foi plantada agora pouco. Mas há flores despetalando o tempo todo. O vento vem....leva as sementes e fertiliza outros lugares. Voaaaaaaaaaaaaaa e pousaaaaaa.
Já as trepadeiras crescem sempre em busca de luz, parecem tocar o céu com vontade de se enrolar entre as nuvens. E quando pulam? Nossa! Quando pulam suas folhas caem como penas de ganso, macias e leves. As vezes confundo trepadeiras com aves, acho elas tem uma verossimilhança estranha e bonita, assim como as estátuas de mármore e pássaros brancos. Quando vejo uma estátua de mármore logo penso em pássaros, como se fossem uma coisa só. Acho que as os pássaros são extensões arquitetônicas das estátuas, como em um sistema integrado: o pássaro pousa na estátua, bebe a água da chuva que ficou presa dentre o relevo, evacua no mármore e veste o corpo nú.
Gosto também dos insetos que sobrevoam este jardim. São insetos dos mais variados, com suas asas coloridas e brilhantes dão piruetas no ar e conseguem passar por qualquer fresta. ZUMMMMMM ZAHHHHHH ZIIIIIIIIII Cantam e voam. Como insetos que são, não conseguem ficar nem um minuto parado. ZUMMMMMMMMMM Voaaaaaaa e cantaaaaaaaaaa!
Tem também os visitantes! Eles chegam devagar, com cuidado para não pisar em nenhuma planta e muita atenção com o vôo dos passarinhos. Geralmente os turistas tiraram muitas fotos e sentem pouco o ar fresco do jardim, mas tem alguns que apenas andam, como se aquele jardim pertencesse a ele e ele ao jardim, e é nesta hora que eles deixam de ser turistas e se tornam flor.
Quando as pessoas chegam no jardim, a primeira coisa que vem é a jardineira. Ela é quem cuida do jardim, cuida da terra e conversa com as flores. Pode parecer até besteira, muitos acham que sim, mas eu não, entendo que é preciso conversar com as flores, principalmente com aquelas que ainda são brotos. Foi com a jardineira que aprendi, que conversar é tão importante quanto adubar a terra. A jardineira é uma pessoa muito ocupada, tem que cuidar do jardim inteiro. Ainda bem que não há plantas carnívoras neste jardim! As plantas carnívoras são lindas por fora, mas te devoram por dentro, literalmente.
Uma dos momentos mais impressionantes deste jardim é quando as plantas fazem fotossíntese. Troca e transforma. Diferente dos jardins habituais, as plantas do Jardim Equatorial fazem a fotossíntese durante a noite, pois há muitas plantas boêmias. As plantas boêmias costumam andar em bandos, mas geralmente conseguimos encontrar uma ou outra sozinha perdida no asfalto. O bom desta espécie é que elas sempre acabam achando o caminho de casa, por mais encharcada que esteja.
Mas o bonito mesmo é quando há um encontro de plantas boêmias, com estátuas, pássaros, insetos, sementes, brotos, visitante e jardineira! Ai sim! Ai sim se forma um Jardim Equatorial!
AUTOR:: Caio
ARQUEOLOGIA :: ADF em construção
Ambiente::
Os espaço é dividido em duas partes, o “espaço de dentro” e o “espaço de fora”
Na porta de entrada para o “espaço de fora” há uma lata de tinta de 18L pendurada e ao lado dela algumas folhas e canetas.
Na lata está escrito a seguinte instrução:
“Escreva um desejo e deposite na lata!”
O “espaço de fora” sera uma passarela de desfile de moda, mas os acentos da plateia deveram ser redes ao inves de cadeiras.
Performers:: todos vestidos de preto e descalsos.
Alex Cassimiro - calça saroel e camiseta
Ana Dupas - short e Camiseta
Andrez Ghizze - calça e Camiseta
Caio - short e camiseta
Eidglas - calça e uma camisa de ombreiras
Glamour Garcia - terno
Mavi Veloso: Calsa
Paula Borghi - calsa justa e uma camiseta larga
Thelma Bonavita - bata
O publico deverá depositar seu desejo e entrar pra “fora”.
Após o publico estar todo acomodado tudo fica escuro.
O publico permanecerá no espaço sozinho durante um tempo. Não muito tempo. Repentinamente acende uma luz bem forte no fundo da passarela. Ouve-se de longe a frase “ Terra a Vista!”.
Comessa uma musica bafo.
Inicia um desfile aparentemente normal, mas aos poucos os performers vão se transformando em imagens de editorial e em seguida a partir da tensão dos seus músculos vão se transformando em monstros
Black-out
Acende um foco a pino no meio da passarela. O Mavi está lá.
O Mavi esta vestindo um salto 30 escandalo.
Ele começa a se esticar formando diagonais e torções com o corpo. Ele se estica até o limite, ele estica até cair.
No momento em que ele vai cair a Paula entra segurando uma alegoria igual da Zizi Jeanmarie e segura o Mavi. Ele restabelece o equilíbrio e a Paula sai da passarela. O Mavi volta a se esticar novamente até quase cair, quando estiver caindo entra a Ana e a Paula cada uma segurando uma alegoria igual da Zizi Jeanmarie e seguram o Mavi.
O Mavi para olha as duas.
A Thelma entra e entrega uma peruca Black Power loira para o Mavi que em seguida começa uma coreografia da Zizi Jeanmarie
Pouco a Pouco todos os performers estão participando da coreografia com a alegoria na mão.
Em fila todos saem pelo lado direito da passarela.
Caio entra pelo lado esquerdo da passarela carregando a lata de tinta e um cacho de bananas enroladas em papel aluminio.
Caio acomoda os objetos no espaço.
Acende a lata de tinta, como se foce um forno de mendigo.
Há uma explosão!
Retira algumas bananas do cacho e coloca para assar.
Enquanto as bananas assam os outros performers vão entrando na passarela e começam a montar uma toalha de piknic com jornal e vão conversando com o publico.
Depois de ter assado as bananas elas serão servidas para que todos possam comer.
Durante a refeição ha um black-out.
Ha um som muito alto que da a sensação de tiroteio.
Acende um foco no fundo da passarela.
O Alex esta vestido de Carmem Miranda Heavy Metal e começa a cantar Maracangalha de Dorival Caymmi.
Há um Fade-out/Fade-in entre a canção do Alex e um novo desfile.
Nesse novo desfile cada performer será display de um objeto e irá oferecer cinicamente o objeto ao publico.
Os performers vão amontoando os objetos em uma das extremidades da passarela junto com outros objetos.
Andrez e Caio entram segurando um pé de salto alto. Cada um segura um, ou seja, os dois seguram um par.
Colocam os sapatos no chão e aguardam.
Entra a Glamour e sobe nos saltos.
Andrez e Caio articulam a caminhada da Glamour com os saltos, ou seja, posiciona-se primeiro o salto e na sequencia ela completa o passo.
Aos poucos e durante o desfile da Glamour o outros performers vão montando ela com os objetos amontoados até o momento em que ela se transforma num totem.
ARQUEOLOGIA :: ADF em construção
Ambiente::
Os espaço é dividido em duas partes, o “espaço de dentro” e o “espaço de fora”
Na porta de entrada para o “espaço de fora” há uma lata de tinta de 18L pendurada e ao lado dela algumas folhas e canetas.
Na lata está escrito a seguinte instrução:
“Escreva um desejo e deposite na lata!”
O “espaço de fora” sera uma passarela de desfile de moda, mas os acentos da plateia deveram ser redes ao inves de cadeiras.
Performers:: todos vestidos de preto e descalsos.
Alex Cassimiro - calça saroel e camiseta
Ana Dupas - short e Camiseta
Andrez Ghizze - calça e Camiseta
Caio - short e camiseta
Eidglas - calça e uma camisa de ombreiras
Glamour Garcia - terno
Mavi Veloso: Calsa
Paula Borghi - calsa justa e uma camiseta larga
Thelma Bonavita - bata
O publico deverá depositar seu desejo e entrar pra “fora”.
Após o publico estar todo acomodado tudo fica escuro.
O publico permanecerá no espaço sozinho durante um tempo. Não muito tempo. Repentinamente acende uma luz bem forte no fundo da passarela. Ouve-se de longe a frase “ Terra a Vista!”.
Comessa uma musica bafo.
Inicia um desfile aparentemente normal, mas aos poucos os performers vão se transformando em imagens de editorial e em seguida a partir da tensão dos seus músculos vão se transformando em monstros
Black-out
Acende um foco a pino no meio da passarela. O Mavi está lá.
O Mavi esta vestindo um salto 30 escandalo.
Ele começa a se esticar formando diagonais e torções com o corpo. Ele se estica até o limite, ele estica até cair.
No momento em que ele vai cair a Paula entra segurando uma alegoria igual da Zizi Jeanmarie e segura o Mavi. Ele restabelece o equilíbrio e a Paula sai da passarela. O Mavi volta a se esticar novamente até quase cair, quando estiver caindo entra a Ana e a Paula cada uma segurando uma alegoria igual da Zizi Jeanmarie e seguram o Mavi.
O Mavi para olha as duas.
A Thelma entra e entrega uma peruca Black Power loira para o Mavi que em seguida começa uma coreografia da Zizi Jeanmarie
Pouco a Pouco todos os performers estão participando da coreografia com a alegoria na mão.
Em fila todos saem pelo lado direito da passarela.
Caio entra pelo lado esquerdo da passarela carregando a lata de tinta e um cacho de bananas enroladas em papel aluminio.
Caio acomoda os objetos no espaço.
Acende a lata de tinta, como se foce um forno de mendigo.
Há uma explosão!
Retira algumas bananas do cacho e coloca para assar.
Enquanto as bananas assam os outros performers vão entrando na passarela e começam a montar uma toalha de piknic com jornal e vão conversando com o publico.
Depois de ter assado as bananas elas serão servidas para que todos possam comer.
Durante a refeição ha um black-out.
Ha um som muito alto que da a sensação de tiroteio.
Acende um foco no fundo da passarela.
O Alex esta vestido de Carmem Miranda Heavy Metal e começa a cantar Maracangalha de Dorival Caymmi.
Há um Fade-out/Fade-in entre a canção do Alex e um novo desfile.
Nesse novo desfile cada performer será display de um objeto e irá oferecer cinicamente o objeto ao publico.
Os performers vão amontoando os objetos em uma das extremidades da passarela junto com outros objetos.
Andrez e Caio entram segurando um pé de salto alto. Cada um segura um, ou seja, os dois seguram um par.
Colocam os sapatos no chão e aguardam.
Entra a Glamour e sobe nos saltos.
Andrez e Caio articulam a caminhada da Glamour com os saltos, ou seja, posiciona-se primeiro o salto e na sequencia ela completa o passo.
Aos poucos e durante o desfile da Glamour o outros performers vão montando ela com os objetos amontoados até o momento em que ela se transforma num totem.
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